11 de fevereiro de 2012

A Imprensa em Monchique - Jornal "O MONCHIQUENSE"

Fundado em 1 de Fevereiro de 1926 e dirigido por António Vieira e mais tarde por Manuel de Sousa Costa, O Monchiquense tinha como complemento de título “Quinzenário Regionalista Independente”, sendo publicado nos dias 1 e 15 de cada mês.
Este jornal surgiu numa altura em que não existia qualquer publicação no Concelho que divulgasse os seus valores e potencialidades naturais, bem como os interesses da população. Caracterizava-se pela sua conotação regionalista e inspiração livre e apartidária. 
 
O Monchiquense destacava-se pelas suas variadas e interessantes secções regulares:
  •        Uma coluna social intitulada “Notícias Várias”;
  •         Duas secções de poesia – “Poesia” e “Perfil”;
  •          “Antiguidades”, onde era divulgado o Património Histórico da Vila de Monchique;
  •       “Interesses Locaes”, apresentando crónicas sobre o desenvolvimento do Concelho;
  •       “Actualidades”, também de crónicas;
  •         “Notas Mundanas”, secção para aniversários, partidas e chegadas, entre outros.
 
Inicialmente era impresso na Tipografia Socorro em Vila Real de Santo António, mas posteriormente passou a ser impresso em Portimão na Tipografia Lumen. Tinha uma assinatura trimestral de 3$00, aumentando depois para 4$00. Do seu grupo de colaboradores conta-se a presença de José António Guerreiro Gascon, António Duarte Lopes, Mário José Estevens, António Leal ou Elvira Lídia, entre outros. Foi extinto a 12 de Outubro de 1928, ficando-se pelo número 57.
No artigo de capa do seu primeiro número, O Monchiquense apresentava-se da seguinte forma:
 
«Monchique – modesta zangala adormecida entre verdura – ha muito que não tem quem fale dos seus encantos, quem diga o que ela vale, o que ela é e o que merece. É esta a razão do aparecimento do nosso modesto quinzenário, onde tentaremos erguer bem alto a Nossa Terra – e tão alto fosse quanto nossos corações o desejam! – devotamente A servindo e amando.
Esta folha, é quási desnecessario dize-lo, não obedece a nenhuma feição de partidarismo politico; constitui apenas a tentativa bem intencionada de fazer a propaganda da nossa região, de a defender e pugnar pelos seus interesses (…)».

Capa do primeiro número do Jornal
 
Bibliorafia:
MESQUITA, José Carlos Vilhena; História da Imprensa do Algarve – II; Comissão de Coordenação da Região do Algarve, Faro 1989.



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